+ PINHÃO - Gestão integrada de agentes bióticos associados à perda de produção do pinhão

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Designação do Projeto | + PINHÃO - Gestão integrada de agentes bióticos associados à perda de produção do pinhão

Código do Projeto | PDR2020-101-031189

Objetivo Principal | Desenvolver processos de diagnóstico e monitorização que permitam determinar o impacte de pragas na produção de pinhas e pinhão, com destaque para o sugador das pinhas (Leptoglossus occidentalis)

Região de Intervenção | Portugal

Entidade Beneficiária | UNAC - União da Floresta Mediterrânica

Parceiros

  • Instituto Superior de Agronomia (Líder de projecto)
  • Anta de Cima – Sociedade Agrícola, Unipessoal Lda.
  • Companhia das Lezírias, S.A.
  • Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
  • Florgénese – Produtos e Serviços para a Agricultura e Florestas Unipessoal Lda.
  • Herdade da Abegoaria – Sociedade Agrícola Lda.
  • ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas I.P.
  • INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária I.P.
  • Pedro Miguel Belo Ramos Courinha Martins
  • Pedro Sacadura Teixeira Cabral Duarte da Silveira
  • Sociedade Agrícola Monte da Sé Lda.
  • Viveiros da Herdade da Comporta – Produção de Plantas Ornamentais Lda.

Data de Aprovação | 2017/12/06

Data de Início | 2018/02/01

Data de Conclusão | 2022/12/31

Custo Total Elegível | 63 104,54 €

Apoio Financeiro da União Europeia | 40 956,27 €

Apoio Financeiro Público Nacional | 6 372,15 €

Resultados esperados

  • Caracterização a nível regional dos ciclos de produção da pinha e dos padrões de evolução temporal;
  • Quantificação dos estragos e prejuízos causados por L. occidentalis e outras pragas com implicações na perda de pinha e pinhão, visando determinar níveis económicos de ataque nos processos de gestão integrada;
  • Identificação dos estádios fenológicos em risco e definição dos estádios fenológicos da planta a proteger por medidas preventivas ou de controlo;
  • Identificação de potenciais agentes bióticos auxiliares no controlo de L. occidentalis;
  • Estratégias de prevenção da transmissão de doenças por L. occidentalis;
  • Desenvolvimento de armadilhas para monitorização e captura de L. occidentalis e Dioryctriamendacella com potencial interesse em estratégias de controlo;
  • Estratégias de silvicultura preventiva e de boas práticas adequadas à prevenção de agentes bióticos;
  • Sistema de Avisos contra Agentes Bióticos Nocivos das pinhas – SAFEPINEA.

Resultados obtidos

  • Por tomografia axial e raios-X em pinhões submetidos a ensaios de alimentação controlados, identificaram-se os tipos de dano deixados pelo sugador das pinhas, Leptoglossus occidentalis. Estes danos constituem uma assinatura do inseto que poderá ser usada para estimar a intensidade de ataque a partir da análise dos pinhões por raios-X (Farinha et al., 2018a).   
  • Constou-se que as pinhas afetadas por pragas (designadas pinhas “bichadas”), tinham um maior número relativo de pinhão chocho e vazio do que as pinhas “saudáveis”, dado que a ação alimentar das pragas causa danos diretos e indiretos às pinhas, diminuindo a produção de pinhão na ordem dos 30%.
  • Estimou-se o impacto do sugador das pinhas na redução da produção de pinhão em função da sua densidade populacional num período longo de 5 anos em pinhais jovens (cerca de 10 anos de idade). Dados populacionais evidenciaram a dinâmica populacional flutuante deste inseto. Na fase do seu pico obtiveram-se perdas de rendimento superiores a 25% imputáveis a uma densidade média do sugador de cerca de 0.5 a 2 indivíduos por árvore observada.  
  • Em ensaios de exclusão (pinhas protegidas) ao longo de 5 anos, verificou-se que os rendimentos médios (número de pinhões sãos/número total de pinhões negros) foram superiores nas pinhas com exclusão de L. occidentalis, comparativamente com as pinhas expostas, com diferenças pronunciadas apenas nos 3 primeiros anos de estudo quando as densidades do sugador das pinhas eram elevadas.  
  • Determinou-se uma maior suscetibilidade das árvores ao sugador das pinhas, L. occidentalis, sob tratamento de fertilização e irrigação, sobretudo em situação de pinhas expostas (não exclusão). Todavia, o aumento de produtividade pelos tratamentos pode compensar a maior suscetibilidade, em particular se as populações do sugador forem baixas ou médias (Farinha et al., 2018b).  
  • Procedeu -se à monitorização periódica do estado sanitário de pinhas de todas as idades, constatando-se uma elevada mortalidade anual de pinhas, com especial ênfase na “seca” das pinhas mais jovens (ano 1) no final do Verão. Esta mortalidade é devida a fatores abióticos (clima) e a agentes bióticos. De acordo com as observações, a seca por fatores abióticos (clima), é o fator mais prevalente e que se manifesta em variações acentuadas.  
  • Foram identificadas as principais pragas que atacam as pinhas quando atacadas por agentes bióticos (ditas “bichadas”). Constatou-se a elevada incidência (≈80%) de lagarta das pinhas, Dioryctria mendacella, em pinhas de todas as idades, representando neste estudo ser a praga mais abundante nas pinhas bichadas.  
  • Verificou-se que a fenologia do pinheiro manso está em sintonia com o ciclo de vida das diferentes pragas: polinização e floração feminina em Abril-Maio. Todos os instares ninfais de L. occidentalis são suscetíveis de danificar os óvulos de pinhas de Pinus pinea, com excepção do 1º instar nas pinhas da 3ª primavera.   
  • Foi reportado pela primeira vez num povoamento em Portugal, ataques Dioryctria mendacella (lagarta da pinha) a ramos e/ou material lenhoso. Este fenómeno é considerado excecional, pois a D. mendacella é conhecida como uma das principais pragas da pinha, nunca tendo sido reportado noutras estruturas da planta.   
  • Foi testada com sucesso a feromona sexual para captura de adultos de D. mendacella, tendo-se determinado o período de voo deste inseto, que no nosso país vai desde Fevereiro a inícios de Dezembro, com pico de capturas em Setembro.   
  • Os resultados da avaliação da micoflora das pinhas revelaram que nas pinhas maduras os fungos Diplodia sapinea e Sydowia polyspora, causadores de doença em pinheiro manso, apresentaram maior frequência de ocorrência. Nas pinhas imaturas apenas o fungo Sydowia polyspora apresentou maior frequência de ocorrência. Estes resultados apontam para que a infecção por S. polyspora se possa dar muito mais cedo no ciclo fenológico do pinheiro manso. 
  • Foi encontrada e identificada uma nova espécie de fungo, Pestalotiopsis pini sp. nov., causador de doença em pinheiro manso (Silva et al., 2020).
  • Foi detetada pela primeira vez em Portugal a presença de um novo inimigo natural a parasitar um adulto de L. occidentalis, o qual foi identificado como Elomya lateralis (Meigen, 1824).   
  • Foram detetados e caracterizados os compostos voláteis emitidos por L. occidentalis, no decorrer da sua alimentação e reprodução, em cultura laboratorial. Foi descodificado o comportamento de acasalamento, concluindo-se que os machos emitem compostos com efeito de feromonas, na sequência da estimulação da sua glândula ventral. Foram detetados dois destes compostos, os quais constituem candidatos potenciais a feromonas.  

 

Divulgação

EVENTOS

  • Feira Agroglobal | Setembro 2018 | Cartaxo (Poster)
  • AGRO INOVAÇÃO - Cimeira Nacional de Inovação na Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural | 29 de Outubro 2018 | Oeiras (Poster, Apresentação)
  • Encontro Ciência FCT | Julho 2019  (Poster)
  • Congresso Europeu de Ecologia | Apresentação Oral "Adding knowledge to the ecology of a recent invasive insect in Europe - the bug Leptoglossus occidentalis" | Agosto 2019 | Lisboa (Apresentação)
  • Seminário “Pinheiro manso e o pinhão: mais conhecimento, melhor gestão” | Outubro 2019 | Lisboa 
  • Workshop regional da RRN Regadio X Pinheiro manso | Novembro 2019 (Poster, Apresentação)
  • Webinar "Agentes Bióticos com impacto na produção de pinha" (Stream do eventoPrograma, Apresentação Carolina Carvalho / Pedro Naves / Helena Bragança / Alexandra Correia) | Outubro 2020 | Online
  • IUFRO International Conference | Apresentação Oral “Management of Forest Insects With Semiochemicals – Case Study Portugal”| May 2021 | Sofia (Apresentação)
  • Sessões de demonstração - Armadilhagem para captura da lagarta da pinha (Sessão 1 e sessão 2) | 24 de junho 2021 (ver fundo da página)
  • XIX Congresso Ibérico de Entomologia “Os insetos e o homem” | Setembro 2021 | Online (Apresentação “Impacto do sugador de pinhas no pinheiro manso: resultados integrando a densidade populacional com o dano em pinhão” Poster “Semiochemicals for the control of Pinus pinea insects affecting cone and pinion production)
  • Workshop final | 30 de novembro de 2021 | Coruche (VerPoster, Apresentação Manuela Branco, Pedro Naves, Sofia Branco)
  • Congresso Internacional IUFRO | Setembro 2022 | Lisboa (Apresentação “Integrating population density with seed damage by Leptoglossus occidentalis gives new insights on the impact of the seed bug”)
  • IX Congresso Florestal Nacional |Outubro 2022 | Funchal (Apresentação “Evolução sazonal da mortalidade e impacto das principais pragas em pinhas de pinheiro manso”
  • Seminário anual do Centro de Competências do Pinheiro Manso e do Pinhão “A investigação em Pinheiro Manso ao serviço de uma melhor gestão” | Novembro 2022 | Alcácer do Sal (Apresentação)

PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS

PUBLICAÇÕES TÉCNICAS

SAFEPINEASistema de Avisos contra Agentes Bióticos Nocivos das pinhas 

 

Sessões de demonstração - Armadilhagem para captura da lagarta da pinha (Sessão 1 e sessão 2) | 24 de junho 2021

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