O vencedor do concurso europeu da árvore do ano de 2019 foi revelado ontem, dia 19 de março, no Parlamento Europeu, em Bruxelas. A Azinheira Secular do Monte Barbeiro, Portugal, ficou em 3º lugar com 32.630 votos. O segundo lugar foi atribuído ao Carvalho de Abramtsevo da Federação Russa (39.538 votos). O primeiro lugar foi conquistado pela Amendoeira de Snowy Hill em Pécs, na Hungria, com 45.132 votos.
A melhor forma de perceber a grandiosidade da “Azinheira Secular do Monte Barbeiro” é efetivamente pela sua sombra. Sentarmo-nos debaixo da sua copa faz com que o calor abrasador do Alentejo nos pareça suportável e nos permita contemplar a vastidão da planície envolvente respirando a sua tranquilidade.
“O Homem venera as árvores desde o princípio dos tempos. Com este concurso, continuamos a celebrar as árvores que não só nos ajudam a compensar as nossas emissões de CO2, mas que também constituem um símbolo de sustentabilidade e de relações emocionais entre o Homem e a Natureza” acredita Pavel Poc Membro do Parlamento Europeu e organizador da Cerimónia de Entrega de Prémios.
Os vários países reuniram-se em torno das 15 árvores candidatas que competem pelo título "European Tree of the Year", promovendo energicamente os seus candidatos favoritos durante o mês de fevereiro. Foram contabilizados 311.772 votos durante o período de votação, evidenciando o interesse dos europeus pela diversidade do seu património natural e pela sua proteção, tal como referiu Josef Jary da Environmental Partnership Association. Seguindo o top 3, os resultados da votação foram:
A cerimónia de entrega dos prémios foi organizada pela Environmental Partnership Association e a European Landowners’ Organization. A South Moravian Region, a Mendel University da República Checa, e o Grupo S&D do Parlamento Europeu apoiaram a organização da respetiva cerimónia, que foi moderada por Natalie Pauwels e Ladislav Miko, membros da Comissão Europeia.
As histórias das árvore a concurso encontram-se disponíveis em: https://www.treeoftheyear.org
Azinheira Secular do Monte Barbeiro - Fotografia: Nuno Sequeira
A cerimónia de entrega do Prémio Árvore Portuguesa do Ano 2019 à Azinheira Secular de Monte Barbeiro, na Freguesia de Alcaria Ruiva, concelho de Mértola, decorreu hoje, às 10.30 horas, junto à árvore.
O evento é uma ação conjunta da UNAC, organizador nacional do concurso, com a Câmara Municipal de Mértola, a ADPM – Associação de Defesa do Património de Mértola e o ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas.
Para além da entrega do prémio, a cerimónia contou com as intervenções de Pedro Silveira, Diretor da UNAC, que fez o enquadramento do concurso e de Pedro Rocha, do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que focou os principais aspetos a considerar na manutenção de uma árvore secular. Maria Bastidas, da Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM), realçou a importância da azinheira e do montado em Portugal e de Ana Paiva Brandão, da UNAC, finalizou as intervenções com uma comunicação sobre o concurso europeu que está a decorrer, até ao dia 28 de fevereiro, em https://www.treeoftheyear.org/home/.
Decorreu ainda um concurso de desenhos sobre a Azinheira do Monte Barbeiro, com a participação das escolas locais e artistas de várias idades.
A cerimónia terminou com um piquenique debaixo da sua copa, que tem 23,28 metros de diâmetro médio e uma área com cerca de 487m2.
Os vídeos do evento podem ser vistos no Facebook da UNAC.
Programa disponível para consulta.
O vencedor do concurso nacional da árvore do ano foi conhecido hoje.
A “Azinheira Secular do Monte do Barbeiro” de Mértola ganhou com 3.445 votos, seguida do “Plátano do Rossio” de Portalegre (2.989 votos) e do "Quercus do ISA" (1.667 votos).
Lisboa, 21 de novembro de 2018 – A melhor forma de perceber a grandiosidade da “Azinheira Secular do Monte do Barbeiro” é efetivamente pela sua sombra. Sentarmo-nos debaixo da sua copa faz com que o calor abrasador do Alentejo nos pareça suportável e nos permita contemplar a vastidão da planície envolvente respirando a sua tranquilidade.
O público português premiou uma árvore que se destaca pelas suas grandiosas dimensões comparativamente aos exemplares da sua espécie, uma árvore enraizada nas vidas e no trabalho das pessoas e da comunidade que a rodeia no Alentejo.
A Azinheira Secular é um digno representante de um sistema de produção mediterrânico único, de cariz agroflorestal, que sustenta uma economia de territórios frágeis e contribui para a biodiversidade, a mitigação das alterações climáticas e o combate à desertificação, sendo um elemento marcante na paisagem do Alentejo.
A Azinheira Secular representará Portugal no concurso europeu Tree of the Year 2019. Durante o mês de fevereiro de 2019, todos poderão escolher a sua árvore preferida a nível Europeu através de um sistema de votação on-line.
O público decidiu entre 10 árvores candidatas.
Durante o período de votação houve entusiasmo e divulgação tendo as comunidades locais apelado ao voto nos seus candidatos favoritos, foram registados 19.328 votos durante o período de votação. Para além dos 3 primeiros lugares, os resultados da votação foram:
4. Nosso Sobreiro, Abela, Santiago do Cacém
5. Zambujeiro Milenar, Foros de Vale de Figueira, Montemor-o-Novo
6. Carvalho de Calvos, Bouça da Tojeira, Póvoa do Lanhoso
7. Oliveira do Mouchão, Mouriscas, Abrantes
8. Dragoeiro, Lisboa
9. Aroeira "A Fazedora de Chuva", Valongo, Avis
10. Tuia-gigante, Sintra
A Azinheira Secular agora escolhida, juntamente com as árvores dos outros países europeus participantes no concurso, será uma candidata a suceder ao Sobreiro Assobiador de Águas de Moura, vencedor da edição europeia de 2018.
As histórias das dez árvores nacionais a concurso encontram-se disponíveis em:
//portugal.treeoftheyear.eu
Os resultados do concurso nacional encontram-se disponíveis em:
//portugal.treeoftheyear.eu/results
Documento disponível para consulta AQUI.
Depois do Sobreiro Assobiador ter vencido a edição europeia de 2018 do TREE OF THE YEAR, encontra-se a decorrer em Portugal a eleição da Árvore Portuguesa do ano.
Lisboa, 13 de novembro de 2018 – Portugal elege a árvore portuguesa que irá representar o país no concurso europeu da Tree of the Year. A partir de hoje, e até dia 20, todos podem escolher a sua árvore preferida através de um sistema de votação on-line em //portugal.treeoftheyear.eu. As dez árvores agora a concurso foram selecionadas, entre 29 candidaturas apresentadas, por um júri especialista constituído por Ana Luísa Soares, António Bagão Félix, Nuno Mendes Calado, Paulo Tenreiro e Rui Queirós.
No dia 21 de novembro será conhecido o vencedor português que irá participar no concurso europeu em 2019 a decorrer durante o mês de fevereiro.
O concurso Tree of the Year valoriza os critérios biológicos, estéticos, dimensionais e históricos ou culturais associados às árvores, realçando a ligação emocional que as pessoas e as comunidades mantêm com as árvores, bem como a sua importância para o património natural e cultural da Europa.
A UNAC-União da Floresta Mediterrânica foi o parceiro escolhido para organizar o concurso a nível nacional, tendo a iniciativa o apoio institucional do Ministério da Agricultura, Floresta e Desenvolvimento Rural.
As histórias das dez árvores a concurso e o acesso à votação encontram-se disponíveis em:
Documento disponível para consulta AQUI.
APRESENTAÇÃO
Todos os anos a votação para a Árvore Europeia do Ano é organizada pela Environmental Partnership Association (EPA).
O concurso da Árvore Europeia do Ano surgiu no ano de 2011 e foi inspirado no popular concurso checo Árvore do Ano, organizado pela Czech Environmental Partnership Foundation. Desde então, o número de países envolvidos no concurso cresceu de 5 para 13. O concurso europeu é uma final constituída pelos vencedores dos diferentes concursos nacionais.
O propósito da Árvore Europeia do Ano é destacar a importância das árvores antigas na herança cultural e natural, que merece toda a nossa atenção e proteção. Ao contrário de outros concursos, a Árvore Europeia do Ano não se foca apenas na beleza, no tamanho ou na idade da árvore, mas sim na sua história e relações com as pessoas. Procuramos árvores que se tornaram parte de uma comunidade maior.
A UNAC – União da Floresta Mediterrânica é o organizador do concurso nacional, que habilita a árvore portuguesa vencedora a concorrer à votação para a Árvore Europeia do Ano.
EDIÇÃO EUROPEIA DE 2018
O vencedor da Árvore Europeia do Ano 2018 foi revelado em Bruxelas no dia 21 de março para marcar o Dia Internacional das Florestas, sob a tutela do deputado Pavel POC, vice-presidente da Comissão do Ambiente, Saúde Pública e Segurança Alimentar do Parlamento Europeu. Portugal, na estreia da sua participação, foi o vencedor com o Sobreiro Assobiador, numa edição que contou com mais de 200.000 votos através do website oficial.
O CONCURSO EM PORTUGAL
O concurso nacional ocorre nas seguintes fases, que pode consultar mais detalhadamente no regulamento:
Está neste momento a decorrer a Fase III que consiste na votação dos candidatos Portugueses, da qual resultará o representante português no concurso europeu em 2019.
Conheça as histórias das dez árvores em concurso e aceda à votação em:
Participe!
Anexos: Regulamento e Enquadramento do concurso
Lisboa, 22 de Outubro de 2018 – No seguimento das várias notícias que têm surgido na comunicação social sobre o risco associado à regeneração natural de eucalipto em áreas ardidas, consideramos importante esclarecer algumas informações tecnicamente incorretas que têm sido divulgadas sobre esta espécie florestal e o seu modo de regeneração.
- O eucalipto foi introduzido em Portugal entre os anos 1850-70, com maior utilização nas plantações a partir da década de 50 do século passado e sustenta uma fileira relevante a nível nacional quer para o sector primário, como para o secundário e terciário;
- O eucalipto glóbulo, é uma espécie folhosa que tem como principal produto a madeira, para produção de pasta para papel, mas também é importante nomeadamente enquanto espécie melífera, devido à floração no Inverno quando há escassez de flores para as abelhas;
- A regeneração natural corresponde à capacidade das plantas se disseminarem naturalmente e pode ocorrer através das sementes, dos rebentos de raiz e/ou do cepo.
Os eucaliptos e as acácias apesar de terem por origem a mesma região geográfica (Oceânia), apresentam comportamentos distintos em termos de regeneração natural e crescimento.
As acácias são fortemente invasoras por regeneração natural e os eucaliptos não, conforme o demonstram os milhares de hectares de acacial disperso de Norte a Sul de Portugal enquanto, no eucalipto, os milhares de hectares existentes provêm exclusivamente de plantações.
O eucalipto regenera naturalmente? A resposta é sim, claro que regenera naturalmente como todas as espécies florestais o fazem.
Essa regeneração tem carácter invasor e elevada capacidade de sobrevivência? Aqui a resposta é NÃO!
As principais razões porque a propagação seminal do eucalipto não permite a colonização extensiva de territórios adjacentes a povoamentos de eucalipto, contrariamente a outras espécies, como por exemplo o pinheiro-bravo, são:
- a semente do eucalipto não tem mecanismos de dispersão eólica, pelo que o raio da sua dispersão relativamente à árvore progenitora é muito limitado - apenas em encostas de forte declive essa dispersão poderá ter alguma extensão;
- o vigor vegetativo das plantas resultantes da propagação seminal não é elevado, sendo muito inferior ao das plantas obtidas por propagação vegetativa em viveiro, o que as torna bastante mais susceptíveis às eventuais adversidades ecológicas da estação;
- as jovens plantas resultantes da propagação seminal entram muito rapidamente em forte competição e, dado o carácter extremamente intolerante da espécie, os indivíduos dominados são eliminados muito precocemente - os que sobrevivem são eles próprios dominados pela vegetação arbórea existente, seja ela da mesma espécie ou de outra.
Considerando o valor económico da espécie, caso existissem situações de regeneração natural bem conseguida do eucalipto, faria sentido para os proprietários florestais o seu aproveitamento e a condução e exploração desses povoamentos – como se faz com outras espécies, como o pinheiro bravo, o pinheiro manso ou o sobreiro.
Áreas ardidas em localizações propícias a este fenómeno não faltam anualmente em Portugal, infelizmente. Nunca isto no entanto aconteceu no passado de forma generalizada, porque essa regeneração natural ocorre em áreas limitadas, com características muito particulares e baixo potencial de crescimento.
A preocupação não é realmente sobre a regeneração natural e a gestão futura dessas áreas é apenas uma preocupação dogmática e incorreta sobre a espécie florestal que pretendem que seja proscrita que é o eucalipto.
O ordenamento e a compartimentação do espaço florestal diminuindo a continuidade de espécies florestais de elevada inflamabilidade são soluções propostas por todos os peritos em incêndios florestais desde há muitos anos.
Afirmar que a regeneração natural de eucaliptos tem expressão na sua contribuição para esta continuidade é mera demagogia, aproveitamento da desinformação existente e da boa-fé dos Portugueses.
Documento disponível para consulta AQUI.
Rádio Renascença | 19/10/2018
António Gonçalves Ferreira, Presidente da UNAC, em declarações à Renascença, acusa o Parlamento de se precipitar quando pede um programa para arrancar o eucalipto que nasceu depois dos fogos do ano passado.
Em declarações à Renascença, António Gonçalves Ferreira diz que o pedido não faz qualquer sentido, “porque nas zonas com gestão pelas empresas de celulose e pelos proprietários rurais a regeneração está controlada”.
Sublinha, contudo, que “em zonas concretas, nomeadamente nas zonas estratégicas, onde deviam estar a ser implementadas faixas estratégicas de gestão de combustível, aí o Estado deve apoiar para que essas faixas sejam implementadas”.
Artigo na íntegra aqui e audio.
Vida Rural | 10/07/2018
O futuro do Montado depende de um conjunto de medidas, que passam por juntar todos os agentes: produtores, indústria, investigadores e o Estado, num compromisso que permita travar o declínio, aumentar a produtividade das áreas existentes, adensá-las e plantar novas, também em regiões não tradicionais. É preciso estudar e perceber melhor este ecossistema único, apostar em práticas menos lesivas, como a proteção do solo, e em novas soluções, como a rega.
Opiniões e perspectivas de Miguel Freitas, Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, António Gonçalves Ferreira, Presidente da Direção da UNAC - União da Floresta Mediterrânica e João Rui Ferreira, Presidente da Associação Portuguesa da Cortiça (APCOR).
Artigo na íntegra AQUI.
Inserido no programa de seminários da Feira Nacional da Agricultura, decorreu, a 5 de junho, o seminário Anual da Fileira da Cortiça. O evento contou com Conceição Santos Silva (UNAC), Helena Pereira (FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia), Nuno Calado (UNAC) e João Rui Ferreira (APCOR - Associação Portuguesa da Cortiça) como oradores e mais de 80 participantes.
Apresentações disponíveis:
CAMPANHA DE CORTIÇA 2017 E PERSPETIVAS PARA 2018 | Nuno Calado (UNAC) (download)
AGENDA FCT DE I&I SOBRE AGROALIMENTAR, FLORESTAS E BIODIVERSIDADE: APLICAÇÃO AO SOBREIRO E CORTIÇA | Helena Pereira (FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia) (download)
MERCADOS MUNDIAIS DA ROLHA DE CORTIÇA: EVOLUÇÕES E TENDÊNCIAS | João Rui Ferreira (APCOR) (download 1/2, 2/2)
FNA - Feira Nacional de Agricultura - Sala Scalabis | Santarém | 5 de Junho
A UNAC - União da Floresta Mediterrânica organizou, no passado dia 5 de Junho na Feira Nacional de Agricultura, na sala Scalabis, o "Seminário Anual da Fileira da Cortiça".
O Seminário Anual da Fileira da Cortiça pretendia fazer o balanço da campanha de 2017, analisar e debater as dinâmicas de comercialização, os preços, etc., as perspetivas para 2018 e a evolução e tendências das rolhas de cortiça.
Foram igualmente apresentados os Grupos Operacionais do Sobreiro e da Cortiça e, na perspetiva do sobreiro e da cortiça, a Agenda de I&I sobre Agroalimentar, Florestas e Biodiversidade que se desenvolve em torno de três dimensões de reflexão no sentido de chegar a desafios e linhas de investigação e de inovação relevantes para o país numa perspetiva de médio e longo prazo (2030).
Conceição Santos Silva (UNAC), Helena Pereira (FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia), Nuno Calado (UNAC) e João Rui Ferreira (APCOR - Associação Portuguesa da Cortiça) foram os oradores deste seminário.
Veja em anexo o programa detalhado AQUI.
Decorreu no passado dia 27 de Abril, na OVIBEJA, o Workshop " Projetos de apoio e valorização do Montado: AdaPT, LIFE e POCTEP ", enquadrado num ciclo de transferência de conhecimento designado "+ Conhecimento/ha", que visa a partilha de inovação e a incorporação de práticas de gestão mais adequada.
Enquadramento UNAC (Nuno Calado | UNAC)
AdaptForChange: Melhorar o sucesso da reflorestação em zonas semiáridas (Cristina Branquinho | FCUL) (1, 2, 3)
LIFE+ bioDehesa: gestão integrada e sustentável das Dehesas da Andaluzia (Jacobo Santos |Consejería de Medio Ambiente y Ordenación del Territorio) (1, 2, 3)
LIFE+ SUBER: técnicas inovadoras de gestão florestal em sobreirais para promover a adaptação às alterações climáticas (Roser Mundet | Consorci Forestal de Catalunya) (1, 2)
LIFE Montado Adapt: adaptação dos Montados às alterações climáticas (Maria Bastidas | ADPM) (1)
LIFE Food & Biodiversity: critérios efetivos de biodiversidade para selos e rótulos do sector alimentar (Carlos Teixeira | Instituto Superior Técnico) (1)
A UNAC - União da Floresta Mediterrânica vai realizar, no próximo dia 27 de Abril na OVIBEJA, na Arena do Azeite o Workshop " Projetos de apoio e valorização do Montado: AdaPT, LIFE e POCTEP ".
Um conjunto diversificado de programas de apoio, de que são exemplo o AdaPT, o LIFE e o POCTEP, têm possibilitado a execução de vários projetos sobre o Montado, em temáticas tão diversas como a adaptação às alterações climáticas, a gestão integrada do Montado e a Valorização Integral da Montado, com resultados relevantes, pelo que é essencial transferir este conhecimento para os produtores florestais.
Este workshop está enquadrado num ciclo de transferência de conhecimento designado "+ Conhecimento/ha", que visa a partilha de inovação e a incorporação de práticas de gestão mais adequadas.
Cristina Branquinho (FCUL), Roser Mundet (Consorci Forestal de Catalunya), Maria Bastidas (ADPM), Carlos Teixeira (Instituto Superior Técnico) e Carmen González Ramos (CICYTEX - Centro de Investigaciones Científicas y Tecnológicas de Extremadura) são os oradores já confirmados para este workshop.
Veja AQUI o programa detalhado.
As inscrições são gratuitas (mas não dispensam a aquisição de ingresso na OVIBEJA no local) e serão aceites pela ordem de receção, até à capacidade da sala.
Inscrições no Link AQUI.
Mais informações em 217100014.
PRESS RELEASE
Proprietários rurais e gestores contra alargamento de ZPE em mais de 350% quando Governo corta 17 M€ nas medidas de apoio à Rede Natura 2000
Com este brutal alargamento da ZPE, proprietários rurais e gestores do território ficarão sujeitos a mais constrangimentos às suas atividades mas sem os apoios públicos para a promoção da conservação da natureza e da biodiversidade e para compensação pelas limitações que aí virão. Não se compreende ainda que se criem condicionamentos quando é o próprio ICNF a confessar que as aves escolheram ficar fora da atual ZPE. Seguramente porque fora da atual ZPE encontraram boas condições para prosperar!
Lisboa, 13 de Abril de 2018 – Os proprietários rurais são responsáveis por atividades agro-florestais essenciais, em muitos casos, para a conservação da natureza e gestão da biodiversidade (CN &B). É nos territórios geridos por estes que ocorrem valores naturais de extrema relevância a nível nacional e comunitário, cuja existência depende largamente de um conjunto de práticas rurais extensivas de carácter agrícola, pecuário, silvícola e cinegético.
Prova disso mesmo é a justificação apresentada pelo ICNF para a «necessidade» de alargamento da ZPE do Tejo Internacional, Erges e Ponsul em mais de 350%, dos atuais 24.406 ha para 85.973 ha.
Segundo este instituto, o alargamento da ZPE deve-se ao facto de ter sido constatado «que a maioria dos ninhos [de águia-imperial-ibérica] se encontra fora dos limites da atual ZPE» bem como «que as áreas de alimentação conhecidas nos territórios de nidificação também se localizam fora dos atuais limites» tal como o facto de «algumas das espécies rupícolas se alimentam fora da atual ZPE».
Ou seja, comprova-se que estas aves preferem ocupar territórios fora da atual ZPE na medida em que os ninhos da águia-imperial-ibérica estão maioritariamente localizados na área que se propõe classificar agora, o que é revelador que a gestão privada praticada tem sido adequada, o que tem sido confirmado pela evolução do n.º de ninhos nesta zona, sendo um dos principais núcleos de nidificação da espécie em Portugal.
Não obstante, ao invés de premiar o trabalho desenvolvido por proprietários e gestores que permitiram o estabelecimento destas aves protegidas fora da ZPE, criam-se limitações e condicionantes a esses mesmos proprietários, colocando-lhes em cima das propriedades uma figura de proteção que, neste caso, em nada contribui para que tais aves prosperem.
Refira-se a importância que a área associada da AFLOBEI possui na atual delimitação da ZPE (46 %, cerca de 11.319 ha) e na futura delimitação da ZPE (33 %, cerca de 28.452 ha).
Importa referir que a águia-imperial-ibérica esteve extinta até há bem pouco tempo em Portugal e que a sua recuperação nesta zona do País em nada se deveu à existência de uma ZPE ali bem perto. As águias escolheram os territórios que ocupam atualmente porque aí têm condições adequadas de habitat e alimento. Não será, por conseguinte, a criação de uma ZPE, à posteriori, que irá conservar esta espécie.
Importa ainda referir que o total desinvestimento na conservação da natureza por parte do Governo e do Estado, preferindo como se constata classificar novas áreas e criar novas condicionantes, ao invés de apoiarem os agentes que no território são responsáveis 365 dias por ano por garantir as condições que as espécies pelas quais tais áreas são criadas, possam prosperar, não acontece apenas neste caso.
Veja-se o exemplo de várias medidas no âmbito do corrente programa de desenvolvimento rural (PDR2020) para apoio à conservação da natureza, com destaque para o lince-ibérico, medidas essas que nunca chegaram a abrir e, a menos de 2 anos do final deste quadro comunitário, já nem sequer constam do plano previsional para abertura de concursos do PDR (caso das medidas “Manutenção de Habitats do Lince Ibérico (7.10.1)”; “Manutenção e Recuperação de Galerias Ripícolas (7.10.2) ou “Apoio Zonal Outras Áreas Estepárias (7.3.2)”)).
Por conseguinte, os atrasos na implementação de acções previstas no PDR que apoiam a viabilidade e o desenvolvimento destas actividades rurais, comprometem gravemente a preservação e a promoção dos valores naturais existentes nestes territórios.
No caso da ZPE do Tejo Internacional, Erges e Ponsul não estão previstos nenhuns mecanismos de apoio à conservação da natureza nem sequer foi feita reflexão e quantificação daquilo que seria necessário.
Qualquer alteração territorial de uma ZPE, ainda mais desta dimensão (acréscimo de 350%), deveria implicar um estudo de impacto económico e social e, se necessário e aplicável, medidas de apoio financeiro. De igual modo, deveria ser avaliado se o Estado, o ICNF neste caso, tem os meios adequados para assegurar a resposta adequada ao aumento de competências inerentes ao aumento da área, e que se traduzem em vigilância e resposta a procedimentos administrativos (pareceres, licenças, autorizações, etc.).
Não só isto não acontece como o Estado prepara-se, no âmbito da proposta de reprogramação do PDR 2020, para retirar 17 milhões de euros das Operações 7.3.1 e 7.3.2 relativas aos Pagamentos Rede Natura.
Os proprietários rurais privados, que são os responsáveis pela CN &B, neste caso pelo aumento dos ninhos da águia-imperial-ibérica, querem por isso ser envolvidos e reconhecidos enquanto tal. Solicitam por isso, de forma prévia à alteração da delimitação, que se:
Documento disponível para consulta AQUI.
152 Participantes reunidos em Coruche para salvar o Montado de Sobro
Inserido no ciclo de workshops “+ Conhecimento/ ha” decorreu na passada terça-feira, dia 10 de Abril, no Observatório do Sobreiro e da Cortiça em Coruche, a sessão dedicada à Gestão do sobcoberto em montado, uma das opções de gestão que pode ter maior impacte sobre a sua vitalidade.
Enquadramento (Nuno Calado | UNAC)
Estrutura e funcionamento das raízes em sobreiro: o uso de água (Conceição S. Silva | UNAC)
Gestão de matos: grade de discos vs corta-matos (Constança Camilo-Alves | UEvora)
Gestão de matos na perspetiva da biodiversidade (Jorge Capelo | INIAV)
Gestão de matos e a importância apícola (Ofélia Anjos | ESACB) (1, 2, 3)
Gestão de pastagens e conservação do solo (Mário Carvalho | UEvora)
Intensificação da pecuária sustentável (José Mira Potes | ESAS)
Análise da rentabilidade económica e de sustentabilidade (António Gonçalves Ferreira | UNAC)