14 de julho de 2021, Lisboa – Após um processo enviesado de consulta pública onde as questões listadas sobre a Estratégia Florestal Europeia (EUFS) potenciavam em particular a componente ambiental, a UNAC, representando os sistemas agroflorestais mediterrânicos, deu o seu contributo através de resposta ao inquérito salientando a relevância da componente económica na manutenção da sustentabilidade ambiental e social, mas também evidenciando os riscos da naturalização em ecossistemas mediterrânicos, como os que existem em Portugal, onde o risco de incêndio é um dos principais fatores a considerar na gestão florestal.
Com base na versão draft da EUFS a que teve acesso, a UNAC manifesta o seu desacordo com o conteúdo proposto, nomeadamente:
• Pela desconsideração da opinião do sector florestal
• Na informação sobre o sector incorreta e sem fontes mencionadas
• Na importância da multifuncionalidade e da gestão florestal sustentável
• No papel da bioeconomia para além dos produtos de ciclo longo de retenção e integrada em cadeias de valor
• Em apoios financeiros que não impeçam o desenvolvimento económico do sector
• Com novos processos de certificação florestal.
Salientamos que o documento deveria ter sido discutido com as entidades responsáveis do sector, conforme explicitado no documento da EUFS: “incluindo todos os atores envolvidos na definição da estratégia e das medidas futuras”.
A abordagem transversal da Estratégia Florestal Europeia claramente não acautela futuros cenários de alterações climáticas, mais gravosos no sul da Europa, com consequente aumento do risco de incêndio, onde apenas estratégias de prevenção através de gestão florestal ativa poderão evitar cenários de catástrofe como os que ocorreram em Portugal e na Grécia, num passado recente.
Por fim, consideramos que a abordagem feita aos produtos florestais não lenhosos, é redutora da sua abrangência e do seu potencial em termos de mitigação das alterações climáticas, parecendo dirigir unicamente esforços da Europa para o turismo rural e colocando em segundo plano a relevância que os sistemas florestais e agroflorestais multifuncionais têm enquanto fornecedores destes produtos e na manutenção do equilíbrio económico e social das zonas rurais.
PRESS RELEASE e DOCUMENTO DE SUPORTE disponíveis para consulta.
Lisboa, 13 de Julho 2021 - Tendo chegado ao conhecimento do Grupo Operacional UNDERCORK, dedicado ao estudo da cobrilha da cortiça, a existência no mercado nacional de empresas a promover a aplicação de produtos químicos no montado para combate à cobrilha, entendeu a equipa deste projeto, tornar pública a sua posição de modo a possibilitar aos produtores florestais uma decisão consciente sobre a sua gestão.
1. À luz do conhecimento atual, não existe nenhum tratamento químico ou biológico, quer a nível nacional quer internacional, que seja eficaz no combate à cobrilha da cortiça;
2. Acresce a este facto que a aplicação de qualquer produto químico carece de homologação da DGAV – Direção Geral de Agricultura e Veterinária, não estando nenhum produto homologado (nem em vias de homologação) para este efeito;
3. As larvas de cobrilha morrem aquando do descortiçamento, sendo desnecessária a aplicação de inseticidas ou afins para se atingir este objetivo aquando da extração. As condições que precisam para o seu desenvolvimento são muito específicas, e uma vez expostas morrem sem completar o seu ciclo de vida, quer na árvore, quer nas pranchas de cortiça que foram extraídas, ou seja, não chegam a insetos adultos e não fazem novas posturas;
4. Desconhece-se ainda a forma como os insetos adultos da cobrilha selecionam os sobreiros para atacar, mas as árvores recém extraídas são as menos interessantes para a realização das posturas de cobrilha, uma vez que ainda não reúnem condições para o desenvolvimento da larva (que se alimenta na camada geradora de nova cortiça) e necessita das camadas externas de cortiça para se proteger.
O grupo operacional UNDERCORK - Gestão Integrada da Cobrilha da Cortiça continua a trabalhar na procura de soluções para a prevenção e combate à cobrilha da cortiça, acompanhando também os trabalhos e publicações a nível internacional. Mais informação sobre este projecto pode ser consultada aqui.
Documento completo para consulta e divulgação aqui.
Em caso de dúvida sobre a cobrilha da cortiça contacte a equipa de projecto:
Prof. Manuela Branco | ISA | Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Dr. Pedro Naves | INIAV | Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Eng. Conceição Santos Silva | UNAC | Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
O grupo operacional UNDERCORK foi formado em 2016 e tem como objectivo principal - Conhecer os mecanismos que regulam a seleção das árvores pela cobrilha, desenvolver métodos de gestão preventiva na gestão dos povoamentos e de controlo, para redução dos níveis populacionais da cobrilha, incluindo a avaliação e potenciação do papel das aves insectívoras. Liderado pela UNAC – União da Floresta Mediterrânica, integra como parceiros de projecto o ISA - Instituto Superior de Agronomia, o INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, a UÉvora – Universidade de Évora, a Amorim Florestal S.A., a Companhia das Lezírias, a Herdade do Pinheiro, a Sociedade Agrícola do Monte da Sé Lda. e Luís Filipe Falcão, produtor florestal que subscrevem o presente comunicado.
1 de junho de 2021, Lisboa
Passados 10 anos da ascensão do sobreiro a Árvore Nacional, que consequências teve esta decisão?
• A área de montado aumentou 0,35% entre 2010 e 2015, de acordo com o IFN6, mas essa era já uma tendência dos últimos inventários florestais que apontavam para uma estabilização da área de ocupação desta espécie desde 1995;
• A baixa densidade nos montados mantém-se, com a maioria das áreas - 65% do total - a registarem uma densidade inferior a 80 árvores/ hectare, tal como já acontecia no IFN de 2005;
• A perda de vitalidade dos montados é um assunto em aberto, tendo origem em múltiplas causas, entre as quais as alterações climáticas e suas relações com o stress hídrico, idade, secas, pragas e doenças, etc;
• A resiliência dos produtores florestais e da fileira responde com as armas possíveis a um cada vez maior reconhecimento dos mercados e da sociedade.
É o momento de todos nos congratularmos pela árvore extraordinária que é o Sobreiro, pelos Montados, esse exemplo único de multifuncionalidade e biodiversidade, pelos Produtos obtidos a partir da matéria-prima extraordinária que é a Cortiça.
Mas é também o momento de reforçar a aposta de futuro, dando seguimento de forma mais incisiva ao que ficou previsto em 2011 na resolução da Assembleia da República - “contribuir para tornar mais visíveis alguns dos problemas associados à preservação desta espécie, contribuindo, simultaneamente, para se alcançarem as soluções necessárias”.
As estratégias necessárias são claras e estão identificadas desde há muito tempo, porém perdem-se de forma sucessiva na construção das soluções.
É nossa função, neste dia, deixá-las aqui mais uma vez listadas:
√ Pelo período muito longo de retorno dos investimentos associados ao sobreiro, os apoios à instalação e à gestão, são determinantes na promoção de uma nova geração de montados, apostando na conservação do solo e melhoria da fertilidade, na promoção da regeneração natural e no combate às pragas e doenças;
√ Os serviços de ecossistema, que a gestão florestal e as boas práticas, certificadas e auditadas por terceiros e reconhecida pela Sociedade promove e garante, precisam de ser efetivamente remunerados.
Tem que haver um esforço construtor de todos, a começar pela definição de Montado que não pode ter critérios distintos de interpretação pelas diferentes entidades públicas nacionais.
Documento na íntegra AQUI.
Celebra-se hoje o Dia Nacional do Sobreiro e da Cortiça, considerado desde 2011 “Árvore Nacional de Portugal”. Estando próximo o início da época de extração e sendo esta a principal espécie existente na área de abrangência da UNAC, enquadrada num sistema de gestão agroflorestal onde a sustentabilidade está presente no dia a dia da gestão, relembramos hoje a principal informação técnica e de mercado publicada pela UNAC nos últimos anos para apoio à gestão mas também à comercialização da cortiça, principal produto florestal obtido neste sistema.
Clique na imagem abaixo para ver a apresentação, clique sobre as questões para chegar às respostas.
26 de maio de 2021, Santarém – Num momento determinante para a agricultura europeia, uma vez que se ultimam as negociações da Política Agrícola Comum para a próxima década, a qual ditará as regras que balizarão a produção agrícola e o rendimento dos agricultores europeus, garantindo que continuaremos a produzir alimentos de qualidade, a um preço razoável e mantendo os mais elevados padrões de sustentabilidade social e ambiental realizou-se em Santarém o FFA2021 – Portugal.
No entanto nem todas as notícias são boas … e os exemplos de momentos francos de troca de opinião, construtiva e construtora, como este que aqui hoje está a decorrer, são escassos.
O principal risco deriva do posicionamento eco-fundamentalista do apparatchik europeu, que parece pretender levar a mais escrutinada, controlada e eficiente agricultura do mundo – responsável pela produção de uma parte importante dos alimentos que consumimos – para um caminho assente em verdades assumidas como adquiridas, sem qualquer preocupação do impacto das suas propostas e decisões no tecido produtivo, nos atores locais e na economia do mundo rural.
Sem agricultores a agricultura da Europa não tem futuro!
Sem a nossa participação, desestrutura-se o mundo rural e coloca-se em causa a sustentabilidade social e ambiental do território, num momento em que todas as previsões indiciam que o risco produtivo e ambiental aumentará, num quadro de evolução climática caracterizado por um aumento de temperatura e fenómenos climáticos mais extremos e mais frequentes.
Tentam passar um atestado de menoridade à maioria da sociedade e recorrendo a mensagens catastróficas e por vezes intimidatórias, onde as “fake news” são elemento recorrente. Têm um trabalho profissional e metódico que pretende impor comportamentos e atitudes, sem antecipar impactos nem prever qualquer mitigação.
Conheça o documento na íntegra aqui.
Lisboa, 17 de março de 2021 - Devido à pandemia Covid-19, o anúncio do vencedor do concurso da árvore Europeia do ano foi realizado online pelo segundo ano consecutivo. A ordem final dos participantes, bem como o vídeo do anúncio, podem ser vistos em www.treeoftheyear.org.
Pela primeira vez, o prestigioso título de Árvore Europeia do Ano foi ganho por uma árvore de Espanha - uma Azinheira milenar de Lecina. De notar que, tal como em 2018 com o Sobreiro Assobiador, o público europeu manifestou o seu interesse pelas espécies típicas dos sistemas agro-florestais de Montado da Península Ibérica.
Sobre esta árvore, reza a lenda que houve tempos em que as bruxas povoavam a Serra da Guará, onde dançavam e festejavam em torno da Azinheira de Lecina. Mil anos depois, esta azinheira misteriosa é consagrada a Árvore Europeia do Ano 2021!
Com um recorde histórico de 104.264 votos, a Azinheira Milenar de Lecina, deixou os seus rivais bem para trás. Em 2º lugar ficou a Itália, com o Plátano de Curinga que obteve 78.210 votos. Em 3º lugar ficou o exótico candidato do Extremo Oriental europeu, Plátano Antigo, com 66.026 votos.
A árvore portuguesa, curiosamente também um plátano - o Plátano do Rossio, o Bem-Amado de Portalegre - ficou em 4º lugar com 37.410 votos! A UNAC, o organizador do concurso nacional congratula-se com a maior votação de sempre numa árvore portuguesa. A participação no concurso Árvore Europeia do Ano apresentou ao mundo este nosso magnífico exemplar vivo que representa a história e o património cultural da cidade de Portalegre.
No total, contabilizaram-se este ano, 604.544 votos, mais do dobro do ano passado!
Conheça o documento na íntegra aqui.
25 de fevereiro de 2021 – Equipa multidisciplinar do Instituto Superior Técnico e da UNAC – União da Floresta Mediterrânica, apresentou hoje os resultados finais do projecto ECOPOL em webinar que ultrapassou os 255 participantes.
O projecto ECOPOL - Internalização da Narrativa Funcional do Montado na formulação, acompanhamento e avaliação das políticas de Desenvolvimento Rural, conseguiu quantificar economicamente três serviços de ecossistema providenciados pelo Montado: sequestro de carbono, conservação do solo e a retenção de nutrientes. Determinando que a perda dos mesmos por abandono representa uma perda anual de 194€/ha no caso dos montados de sobro e de 112€/ha no caso dos montados de azinho. No cenário alternativo de intensificação destes sistemas agro-florestais, nomeadamente por aumento excessivo do encabeçamento pecuário, a perda anual calculada ascende a 338€/ha no montado de sobro e a 256€/ha, no de azinho. Entre outros, os montados prestam pelo menos mais 6 serviços relevantes: regulação do balanço hídrico, biodiversidade funcional, biodiversidade emblemática, redução do risco de incêndio, polinização e valor cénico da paisagem, para os quais apenas foi possível fazer uma análise qualitativa. A resiliência dos montados, pode ser potenciada pela remuneração destes serviços de ecossistema.
Estando parcialmente quantificadas as mais valias ambientais destes sistemas, urge criar as ferramentas necessárias de incorporação destas externalidades na economia da actividade, dado que a Sociedade usufrui diariamente destes benefícios sem qualquer custo associado.
Com base nestes resultados, foram propostos dois modelos de remuneração dos serviços de ecossistemas: um eco-regime, novo mecanismo previsto na PAC 2021-2027, e um compromisso ambiental e climático. Em ambos os casos, há compromissos de boas práticas com base científica relevante, assumidos pelos produtores florestais na gestão dos montados.
Os montados representam 33% da floresta nacional, num território fortemente condicionado na sua gestão, nomeadamente pelo risco de desertificação decorrente das alterações climáticas, ao qual o sobreiro e a azinheira têm demonstrado grande adaptação e resiliência, com a manutenção das suas áreas de ocupação estáveis nas últimas décadas. A reduzida regeneração natural destes espaços agro-florestais e a sua perda de densidade, dois dos seus principais problemas, serão contrariados pelas medidas de gestão propostas.
Consulte o Relatório do Projeto e a Ficha técnica.
Press Release completo aqui.
A UNAC tinha proposto na análise ao Plano Costa e Silva que o esforço dedicado às florestas fosse direcionado a quatro vertentes:
Deixando de fora o regadio, mas fazendo já uma nota de enfâse na referência que a componente 8 - Florestas faz à importância da multifuncionalidade, onde os sistemas agro-florestais e o regadio são os dois pilares estruturantes da resiliência do mosaico rural que integra a floresta. É com esperança que vemos o espírito das nossas preocupações vertidas na letra do Plano de Recuperação e Resiliência.
O direcionar das componentes de obra destes investimentos a uma intervenção de urgência nos territórios mais vulneráveis em termos de risco de incêndio, no Centro Interior e no Algarve, é totalmente justificável e de enorme urgência e necessidade.
No entanto, a mesma terá de ser complementada por instrumentos de política que no próximo quadro de programação garantam que o PEPAC assegura que outras debilidades estruturais dos espaços florestais, nomeadamente a perda de produtividade e o risco de pragas e doenças, não ficam em segundo plano.
Leia a notícia na íntegra aqui. Consulte ainda a apresentação aqui.
Já se encontram disponíveis o programa e as inscrições para o Webinar Serviços de Ecossistema dos Montados na nova PAC do Projeto ECOPOL.
Consulte aqui o programa.
Lisboa, 1 de fevereiro de 2021 – Entre 1 e 28 de fevereiro decorrem as votações para o Concurso Europeu Tree of the year 2021.
O concurso europeu é uma final constituída pelos vencedores do concurso nacional de cada país, estando Portugal representado pelo Plátano do Rossio de Portalegre, vencedor do concurso Árvore do Ano no nosso país.
Temos o prazer de anunciar que 14 dos 16 países participantes, concluíram com sucesso o seu concurso nacional apesar de todas as restrições da pandemia, podendo votar nestes concorrentes em treeoftheyear.org/vote
Embora seja possível votar na sua árvore preferida até 28 de fevereiro, as votações do concurso da Árvore do Ano tornar-se-ão secretas de 22 a 28 de fevereiro. Desta forma, os apoiantes não conhecerão o vencedor até ao anúncio final. Os vencedores serão anunciados na cerimónia de premiação on-line, a 17 de março, durante a conferência “Plantando para o Futuro: 3 mil milhões de árvores na Europa“.
Em 2021, as árvores concorrentes são verdadeiros marcos históricos de cada país, o nosso Plátano do Rossio em Portalegre é um dos maiores plátanos da Península Ibérica. De porte majestoso, guarda em si, nas suas longas e robustas pernadas, anos e anos de memórias coletivas e segredos infindáveis. Há muito que é lugar de encontros e reencontros, e ali nasceram clubes, associações e bandas filarmónicas.
Para votar: www.treeoftheyear.org/vote
Regras de votação
Solicitamos que verifique a sua caixa de entrada / Spam / Publicidade não solicitada. Caso não tenha recebido nenhum e-mail do endereço Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar., mas for sua vontade validar o seu voto, por favor entre em contacto com a UNAC, através do e-mail Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Documento na íntegra aqui
Lisboa, 15 de dezembro de 2020 – Em plena campanha de colheita da pinha decorreu ontem o webinar da Ciência à Aplicação “Pinha e Pinhão – Desafios e Oportunidades”, organizado pelo Centro de Estudos Florestais do ISA, pela UNAC e pelo INIAV, ao abrigo do projeto internacional de transferência de conhecimento INCREDIBLE e do grupo operacional FERTIPINEA, com o qual se pretende estabelecer recomendações de fertilização racional para o pinheiro-manso. Contou com a participação de oradores nacionais sobre as fileiras do pinhão, da amêndoa e da castanha numa procura de sinergias entre estas para salvaguardar o valor acrescentado destes frutos secos.
Assistiram 114 participantes, entre produtores florestais, estudantes, empresários, técnicos, investigadores, professores, entre outros.
Foram abordados temas de grande relevância para o setor em questão, tais como o regime jurídico da pinha, a certificação florestal e a cadeia de valor, enquanto aspetos de valorização da fileira da pinha e do pinhão. Nas comunicações dedicadas à amêndoa e à castanha, ficaram patentes os significativos avanços tecnológicos destas fileiras e que permitiram aumentos de produtividade e alternativas de processamento e conservação que potenciam o aproveitamento destes frutos secos e novas oportunidades de mercado.
Como principais conclusões deste seminário, salientam-se:
• a importância da existência do regime jurídico da pinha de pinheiro-manso na monitorização da atividade dos operadores desde a colheita até à transformação, com vista à transparência e melhoria do processo produtivo;
• a certificação florestal do pinhal-manso no apoio à cadeia de valor da pinha e do pinhão, embora no mercado deste produto ainda não seja valorizado o pinhão certificado;
• a necessidade de um marketing positivo do pinhão enquanto produto benéfico para a saúde humana, tal como a amêndoa;
• a implementação de tecnologia para potenciar a produção, sendo de destacar a rega e a fertilização mas também para melhorar as condições de colheita, nomeadamente através da apanha mecânica;
• a experiência positiva de se ter conseguido reunir os diversos agentes da fileira da castanha com um propósito comum de valorizar o produto nacional e internacionalmente, estratégia que se poderá ajustar ao caso da pinha e do pinhão.
Da informação transmitida e das respostas às questões colocadas comprova-se que o pinhão é um produto com elevado valor acrescentado, e o pinhal-manso uma espécie com forte potencial de expansão no nosso país. Todavia, a fileira carece de uma gestão mais estruturada, onde se fomente a transparência e a colaboração entre todos os agentes, com diminuição da economia informal e dos furtos, existindo aqui uma janela de oportunidade para potenciar as experiências positivas de outras fileiras de frutos secos de sucesso em Portugal e através de investimentos I&D+i para se atingirem os necessários avanços tecnológicos.
Documento na íntegra aqui.
Pode assistir ao webinar no Youtube da UNAC.
Página do projecto INCREDIBLE e do Grupo Operacional Fertipinea.
Lisboa, 26 de novembro de 2020 – Foi hoje conhecido o vencedor do concurso nacional. Os portugueses escolhem o Plátano do Rossio como a Árvore Portuguesa do ano de 2021.
Plantado em 1838, o ex-libris de Portalegre ganhou o Concurso Árvore Portuguesa do ano 2021 com 2.401 votos, seguido da Oliveira de Mouchão, de Abrantes, que contou com 2.213
votos e da Schotia do Jardim Botânico da Ajuda, em Lisboa, com 1.883 votos.
O Plátano do Rossio é o maior plátano da Península Ibérica. De porte majestoso, guarda em si, nas suas longas e robustas pernadas, anos e anos de memórias coletivas e segredos
infindáveis. Há muito que é lugar de encontros e reencontros, e ali nasceram clubes, associações e bandas filarmónicas.
Não dá para ficar indiferente ao carinho especial que os portalegrenses sentem por este monumento vivo. De impressionante resiliência, continua a pasmar admiradores, a ouvir
desabafos de solitários e a inspirar artistas atendendo à sua singularidade estética, à sua importância botânica e comunitária.
Ao contrário do que aconteceu nas edições anteriores em que os Portugueses premiaram exemplares arbóreos característicos dos sistemas produtivos agro-florestais – os montados e os soutos, pela primeira vez neste concurso nacional foi eleita uma árvore ornamental, exótica em Portugal e que foi provavelmente introduzida por gregos ou romanos que a utilizavam devido à sua sombra.
O Plátano do Rossio é assim, o eleito para representar Portugal no concurso europeu Tree of the Year. Durante o mês de fevereiro de 2021, todos poderão escolher a sua árvore preferida a nível Europeu através de um sistema de votação on-line.
O público decidiu entre 10 árvores candidatas, num total de votos registados de 13.750.
Os resultados da votação foram:
As histórias das dez árvores nacionais a concurso encontram-se disponíveis em: https://portugal.treeoftheyear.eu.
Os resultados do concurso nacional encontram-se disponíveis em: http://portugal.treeoftheyear.eu/results.
Documento na íntegra aqui.
Lisboa, 30 de outubro de 2020 – Iniciam-se hoje, pelas 15 horas as votações para eleger a árvore que representará Portugal na edição europeia do Tree of the Year 2021. Até ao dia 23 de novembro todos podem escolher a sua árvore favorita através de um sistema de votação online em https://portugal.treeoftheyear.eu/Vote.
As árvores portuguesas são motivo de orgulho deste concurso nas edições anteriores, contámos com um 1º lugar em 2018 com o “Sobreiro Assobiador”, um 3º lugar na edição de 2019 com a “Azinheira Secular do Monte do Barbeiro” e o ano passado, em 2020 o “Castanheiro de Vales” trouxe o 6º lugar para Portugal.
Este ano, o júri constituído pelo Dr. António Bagão Félix (autor do livro Trinta árvores), Eng.º Rui Queirós (ICNF – processos de classificação de Arvoredo de interesse público) e Eng.º António Gonçalves Ferreira (Presidente da Direção da UNAC), selecionou, entre as 34 candidaturas recebidas, 10 árvores portuguesas que estão agora para votação online.
Este período de votação online decorrerá entre os dias 30 de outubro e 23 de novembro, até às 23h59. O anúncio do vencedor será no dia 26 de novembro 2020.
A essência deste concurso dinâmico é destacar a importância das árvores na herança cultural e ambiental da Europa, e também dinamizar a ligação da sociedade às árvores que, quer isoladas nos espaços urbanos, quer em conjunto nos jardins e espaços florestais, promovem outras funções como a conservação do solo, o sequestro de carbono e a regulação do ciclo da água, bem como a produção sustentável de bens necessários a todos: madeira, cortiça, papel, produtos cárnicos, cogumelos, frutos secos, plantas aromáticas e medicinais.
Pode ver as histórias das dez árvores a concurso e votar em: https://portugal.treeoftheyear.eu/Vote.
Consulte as regras de votação.
Documento na íntegra disponivel aqui.
29 de outubro de 2020, Coruche – No âmbito do projecto ECOPOL - Internalização da narrativa funcional do Montado na formulação, acompanhamento e avaliação das políticas de Desenvolvimento Rural, reuniram hoje no Observatório do Sobreiro e da Cortiça em Coruche, representantes de 12 entidades da Administração Central e Regional e um conjunto alargado de produtores agroflorestais dos montados de sobro e azinho para discutirem os modelos de integração das medidas climáticas e ambientais da nova PAC.
Numa sessão muito participada dos Grupos Focais do projecto ECOPOL, financiado pela Rede Rural Nacional, foram apresentados os resultados deste projecto que teve por objectivos a identificação dos serviços de ecossistema providenciados pelo Montado e a sua valorização económica, de acordo com os resultados científicos disponíveis e já publicados, tendo por visão final apoiar a formulação das medidas de remuneração dos serviços de ecossistema previstas para a próxima PAC 2021-2027.
Esta iniciativa está alinhada com outros projectos similares a decorrer na União Europeia para quantificação dos Serviços de Ecossistema dos vários tipos de floresta e do seu importante contributo para o sequestro de carbono e para a conservação da biodiversidade, previstos no Pacto Ecológico e na Estratégia Europeia para a Biodiversidade, tendo a UNAC participado ontem na conferência final do projecto europeu InnoForESt, onde defendeu a relevância dos sistemas agroflorestais e a necessária diferenciação de serviços associados a estes sistemas cuja génese é multifuncional e onde a produção não se esgota na componente lenhosa como acontece noutras florestas.
Como principais conclusões dos grupos focais, salienta-se:
• a solidez da abordagem e da justificação científica e metodológica, que permite alicerçar futuras decisões no âmbito dos programas de financiamento;
• a importância da abordagem à escala da paisagem evitando a compartimentação e pulverização de áreas;
• a necessidade de uma maior clarificação das normas técnicas de produção nos sistemas agro florestais de montado e da incorporação das mesmas na arquitectura das medidas da PAC pós 2020.
A existência desta informação estruturada e consolidada permitirá estabelecer objectivos razoáveis em termos de remuneração dos serviços prestados à sociedade pelos montados, os quais têm necessariamente de estar ajustados com os ciclos naturais das espécies, que neste caso são de centenas de anos. A dimensão humana da gestão e a percepção da sociedade sobre estas florestas conduz algumas vezes a visões redutoras e simplificadoras destes ciclos, inviabilizando a sustentabilidade destes ecossistemas e das componentes naturais e sociais que lhe estão associadas. A salvaguarda dos mesmos no longo prazo deve ser recompensada pelos instrumentos disponíveis pois só esses podem potenciar e complementar os investimentos privados que as trouxeram até ao dia de hoje.
Documento na íntegra aqui.
Página do projecto.