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PRESS RELEASE: Sobreiro – símbolo nacional…e depois?

 

1 de junho de 2021, Lisboa

Passados 10 anos da ascensão do sobreiro a Árvore Nacional, que consequências teve esta decisão?

• A área de montado aumentou 0,35% entre 2010 e 2015, de acordo com o IFN6, mas essa era já uma tendência dos últimos inventários florestais que apontavam para uma estabilização da área de ocupação desta espécie desde 1995;

• A baixa densidade nos montados mantém-se, com a maioria das áreas - 65% do total - a registarem uma densidade inferior a 80 árvores/ hectare, tal como já acontecia no IFN de 2005;

• A perda de vitalidade dos montados é um assunto em aberto, tendo origem em múltiplas causas, entre as quais as alterações climáticas e suas relações com o stress hídrico, idade, secas, pragas e doenças, etc;

      • A resiliência dos produtores florestais e da fileira responde com as armas possíveis a um cada vez maior reconhecimento dos mercados e da sociedade.

É o momento de todos nos congratularmos pela árvore extraordinária que é o Sobreiro, pelos Montados, esse exemplo único de multifuncionalidade e biodiversidade, pelos Produtos obtidos a partir da matéria-prima extraordinária que é a Cortiça.

Mas é também o momento de reforçar a aposta de futuro, dando seguimento de forma mais incisiva ao que ficou previsto em 2011 na resolução da Assembleia da República - “contribuir para tornar mais visíveis alguns dos problemas associados à preservação desta espécie, contribuindo, simultaneamente, para se alcançarem as soluções necessárias”.
As estratégias necessárias são claras e estão identificadas desde há muito tempo, porém perdem-se de forma sucessiva na construção das soluções.

É nossa função, neste dia, deixá-las aqui mais uma vez listadas:

√ Pelo período muito longo de retorno dos investimentos associados ao sobreiro, os apoios à instalação e à gestão, são determinantes na promoção de uma nova geração de montados, apostando na conservação do solo e melhoria da fertilidade, na promoção da regeneração natural e no combate às pragas e doenças;

√ Os serviços de ecossistema, que a gestão florestal e as boas práticas, certificadas e auditadas por terceiros e reconhecida pela Sociedade promove e garante, precisam de ser efetivamente remunerados.

Tem que haver um esforço construtor de todos, a começar pela definição de Montado que não pode ter critérios distintos de interpretação pelas diferentes entidades públicas nacionais.

 

Documento na íntegra AQUI.

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